quinta-feira, dezembro 30, 2010

Se tudo é morte além, por que, a sofrer sem calma / Erguendo os braços no ar, havemos de sentir / Estas aspirações, como asas dentro da alma?
Olavo Bilac

2 comentários:

rose marinho prado disse...

Bilac, execrado pelos modernistas...Acho que enqto viveu nem soube.Pq o modernismo firmou-se tempo depois.
Pena que o radicalismo duma estética -q se firma- massacre tudo o q proveio do antes.
Um dia mandei um poema de Bilac a um poema meio 'famoso' e adorador de Augusto de Campos. Ele imediato desdenhou, dizendo preferir tal poeta - dos que Pound abençoaria e dos que os concretistas beijariam-lhe o chão.
Reaprendi neste seu blog a liberdade de gostar do poema que eu quiser. Esta liberdade que perdi quando quando estudei a linguística, a semiótica, a semiologia.
Simples um lirismo ou outro.
Tudo depende do dia e da liberdade da hora.
http://letras.terra.com.br/kid-abelha/74131/

Ricardo António Alves disse...

Obrigado, Rose, pelas suas palavras generosas.É verdade que não há nada mais triste do que não ter liberdade para assumirmos o que gostamos. Estamos sempre a topar com uns coitados que se submetem ao gosto e à moda dominantes, porque são fracos, inseguros (isso trata-se) ou, pior, porque não têm carácter, e aqui já não é submissão mas puro oportunismo de gente que estorva mas está condenada a desaparecer. O problema é que desaparecem uns invertebrados e logo outros ocupam os lugares. É a vida...