segunda-feira, maio 26, 2008

Antologia Improvável #310 - Lourdes Borges de Castro (2)

A CONSCIÊNCIA

Nas poucas vezes em que saio à rua
Tenho a impressão de que caminho nua.
O meu passo é incerto e vacilante.
Sinto mil olhos por trás das vidraças
A devassar a alma de quem passa...
E oiço um riso frio, feroz, cortante...
Caminho devagar, descontrolada.
Confusa, inconfortável, perturbada,
Possuída de medo e de ansiedade.
Mas esses olhos, cheios de inclemência,
São os olhos da minha consciência:
Severos... porque sabem a verdade...

Eterna no Tempo

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