SONETO
Pára-me de repente o pensamento
Como que de repente refreado
Na doida correria em que levado
Ia em busca da paz, do esquecimento...
Pára surpreso, escrutador, atento,
Como pára um cavalo alucinado
Ante um abismo súbito rasgado...
Pára e fica e demora-se um momento.
Pára e fica na doida correria...
Pára à beira do abismo e se demora
E mergulha na noite escura e fria.
Um olhar de aço que essa noite explora...
Mas a espora da Dor seu flanco estria
E ele galga e prossegue sob a espora.
Líricas Portuguesas - 2.ª Série
(edição de Cabral do Nascimento)
dos pórticos
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*«Depois *de havermos trilhado a velha Mesopotâmia, as suas estepes
rechinando ao sol, que poeiras ardentes percorriam também e nos queimavam o
rosto com...
Há 44 minutos
2 comentários:
gosto tanto de Angelo de Lima. O Mia Soave...pertenci a um grpo em sua imagem...
Que curioso, um grupo sob a égide do A.L....
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