sexta-feira, setembro 05, 2025

ucraniana CCCXCVII - o superno Gaspar dá-nos a solução para a guerra e torna-se sério candidato ao Nobel da Paz, ameaçando o sonho Trump

Carlos Gaspar, o académico que parturejou uma série de especialistas em relações internacionais e adjacências, grande parte deles a iluminar desde há três anos e meio um ecrã perto de si, e também guru de editores de meia tijela da área internacional, deu ontem, aos microfones da TSF, numa intervenção em que só apanhei a parte final, a sua (e não apenas) receita para acabar com a guerra, e é esta: 

os países europeus juntam-se (quantos?, quais?, sob que comando?), projectam as suas forças na Ucrânia, assim à Lagardere, e pronto. A que o gaguejante jornoeditor retruque: -- Mas assim vão entrar em guerra com a Rússia... Impassível, egrégio, definitivo e catedrático, remata Gaspar: os países europeus avançam para a Ucrânia e a Rússia pára a guerra. 

E porquê?, pergunto-me ao volante. Gaspar não disse mais, e eu fico a supor que a Rússia terá medo de uma força constituída, digamos, por franceses, britânicos (os italianos e os polacos já disseram que não entram, sequer após um acordo), mais uns bálticos e uns escandinavos e quiçá 3 soldados da GNR 3, e a Rússia.

Eu cá, se fosse Putin, agora que o crude estabilizou, e além do mais parece que é desta que os europeus vão deixar de comprar matérias-primas à Rússia, directa ou, em manigância pulha, disfarçadamente à Índia -- se fosse Putin dava não só corda aos sapatos, como encomendaria uns milhares de pares de botas no extremo-oriente e um valente suprimento de máquinas de lavar. 

O Nobel da Paz para Gaspar. 

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