Carlos Gaspar, o académico que parturejou uma série de especialistas em relações internacionais e adjacências, grande parte deles a iluminar desde há três anos e meio um ecrã perto de si, e também guru de editores de meia tijela da área internacional, deu ontem, aos microfones da TSF, numa intervenção em que só apanhei a parte final, a sua (e não apenas) receita para acabar com a guerra, e é esta:
os países europeus juntam-se (quantos?, quais?, sob que comando?), projectam as suas forças na Ucrânia, assim à Lagardere, e pronto. A que o gaguejante jornoeditor retruque: -- Mas assim vão entrar em guerra com a Rússia... Impassível, egrégio, definitivo e catedrático, remata Gaspar: os países europeus avançam para a Ucrânia e a Rússia pára a guerra.
E porquê?, pergunto-me ao volante. Gaspar não disse mais, e eu fico a supor que a Rússia terá medo de uma força constituída, digamos, por franceses, britânicos (os italianos e os polacos já disseram que não entram, sequer após um acordo), mais uns bálticos e uns escandinavos e quiçá 3 soldados da GNR 3, e a Rússia.
Eu cá, se fosse Putin, agora que o crude estabilizou, e além do mais parece que é desta que os europeus vão deixar de comprar matérias-primas à Rússia, directa ou, em manigância pulha, disfarçadamente à Índia -- se fosse Putin dava não só corda aos sapatos, como encomendaria uns milhares de pares de botas no extremo-oriente e um valente suprimento de máquinas de lavar.
O Nobel da Paz para Gaspar.
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