«Há quem da vida fuja / Como se da morte fosse.»
Liberto Cruz, Livro de Registos, Poesia Completa
conservador-libertário, uns dias liberal, outros reaccionário. um blogue preguiçoso desde 25 de Março de 2005
«Há quem da vida fuja / Como se da morte fosse.»
Liberto Cruz, Livro de Registos, Poesia Completa
filho de um
carpinteiro
no labirinto
de taipa adobe
terra batida adormecido
no ar
arde algum suor
de rapaz bêbedo
por Seu sangue
escasso
incorrupto
Bom nos Tempos Livres (2017)
...nem troca-tintas. O que ele disse aos jovens católicos russos -- provavelmente impedidos de participarem na JMJ --, é irrefutável e até pode pecar por defeito. O regime de Kiev, por seu lado. perdeu oportunidade de ficar calado; pois se é inegável que há um imperialismo russo, desde há muito séculos, este exerce-se na sua área de influência, como costuma acontecer nas relações internacionais. Perdeu ocasião de estar calada uma clique que, para efeitos de destruição do país, não passa de uma marioneta doutro imperialismo, neste caso o norte-americano. E ponto final.
MAR
Bebo-o a colherinhas de olhos
na taça da manhã.
E nem ele se esgota,
nem eu me sacio.
A Maresia e o Sargaço dos Dias (2011)
«Como de hábito, Policarpo Quaresma, mais conhecido por major Quaresma, bateu em casa às quatro e quinze da tarde. Havia mais de vinte anos que isso acontecia. Saindo do Arsenal de Guerra, onde era subsecretário, bongava pelas confeitarias algumas frutas, comprava um queijo, às vezes, e sempre o pão da padaria francesa.» Lima Barreto, Triste Fim de Policarpo Quaresma (1915)
DO VENTO, A COLEIRA
Rejubilava afónico.
Que colhões rosa, os do cão.
A cabriolar, voltear, rodopiar, a gingar aqui na esplanada.
Mais um gole de café, guloseimas, cuspida no jornal e vaidade de sobra.
Ata-o pela coleira à cadeira, o vento arrasta os pêlos.
E como fica nuzinho. (Oh, Brontë. Que coisa negra, venham ver.)
Os gracejos lascivos não o afectam.
A Festa do Asno (2005)
«A força e a fraqueza de espírito são mal nomeadas; com efeito, elas dependem apenas da boa ou má disposição dos órgãos do corpo.»
La Rochefoucauld, Máximas (1665)
Mão amiga fez-me chegar este post de Carlos Esperança, cujo fundo subscrevo. Sobre esta atitude de Marcelo Rebelo de Sousa, apenas posso dizer que lamento o voto que convictamente lhe dei, lamentando ainda não ter votado em branco nas últimas presidenciais.
Uma nota para a estupidez da cobertura jornalística sobre o episódio da trincheira. Que basbaques... Felizmente de férias e sem televisão, só tinha os jornais. O Público era de morrer a rir com o episódio. Imagino os canais de notícias...
Também ouvi na rádio Pacheco Pereira -- que acompanhou a visita -- com voz solene, dizer que em face da ocupação de um território de um estado por outro (sem nenhum contexto -- para quê?...), a Rússia não pode vencer esta guerra (cito de memória). Eu sei o que ele pretende sugerir, o que não espanta para quem se atreveu a defender o bombardeamento do Iraque.
Resumindo: a Ordem da Liberdade foi duplamente aviltada, e a imprensa subdesenvolvida assobia para o ar (é um pouco como o que se passa na cimeira da comatosa CPLP: em de discutir-se o importante, põe-se a falar sobre as tricas em torno dos vetos presidenciais.
PS-É tão cansativamente saloio o jornalismo nesta terra. Quem viu a pivô da cnn-P a perguntar a Agostinho Costa sobre o feito (sic) que foi a surtida de um grupo de fuzileiros à Crimeia para plantar a bandeira ucraniana? Tragicamente hilariante a resposta do major-general: eles foram lá, e vieram-se embora, e provavelmente foram abatidos pela aviação russa, estando a boiar no Mar Negro... A senhora, que parecia estar a falar do desembarque na Normandia, entrou em curto-circuito, passageiro, é claro.
ANDORINHA
Andorinha lá fora está dizendo:
-- "Passei o dia à toa, à toa!"
Andorinha, andorinha, minha cantiga é mais triste!
Passei a vida à toa, à toa...
Berimbau e Outros Poemas (antologia)
«O que não é útil à colmeia também não é útil à abelha.»
Marco Aurélio, Pensamentos para Mim Próprio
...deixe lá os indigentes que aparecem na televisão* e vá ler o Viriato Soromenho Marques aqui, talvez aprenda alguma coisa.
* jornalistas analfabetos -- da barbie da cnn/tvi ao serafim saudade da sic -- e académicos de terceira
«Quem viu o presente viu tudo, e tudo o que foi desde o infinito e tudo o que será até ao infinito; porque todas as coisas têm a mesma origem e os mesmo aspectos.»
Marco Aurélio (121-180), Pensamentos para Mim Próprio
«Alexandre da Macedónia e seu almocreve, uma vez mortos, foram reduzidos ao mesmo: ou foram reabsorvidos nas mesmas razões geradoras do mundo ou se dispersaram semelhantemente no meio dos átomos.»
Marco Aurélio, Pensamentos para Mim Próprio
O destino estava-lhe traçado. Como diz o adágio, quem com ferros mata... Se foi o Kremlin ou Kiev, ambos os lados tinham contas a ajustar. A morte de um senhor da guerra é algo de expectável. Quanto ao Wagner em África, correr com os franceses e matar jihadistas, não é propriamente um pecado mortal. Terei pena se a acção deles for afectada por isto.
Agora, Marcelo. O primeiro de dois dias, o exibicionismo do costume, acolitado por um zombie, agravado por uma frase infelicíssima, não apenas por ser falsa e leviana, como pela carga de subserviência que contém: «As fronteiras de Portugal são as da Ucrânia», parece que foi isto que disse o Presidente. Que vontade patológica de agradar, em que tudo se diz independentemente do que se diz... A verdade é que a tirada grandiloquente e oca não vale nada: está-se tudo nas tintas para o que dizem os dirigentes portugueses, uma vez que o soft power que poderíamos ter enquanto velho estado europeu com ligações privilegiadas nos cinco continentes, foi desbaratado nesta questão, desde, pelo menos, que o PM Costa disse que o objectivo do governo era o de derrotar a Rússia (ahahah, caraças!...). Em vez de uma abordagem diplomática inteligente de influência benéfica nas grandes crises, em que pudéssemos ser pelo menos escutados, escolhemos ser como macacos amestrados de circo, cuja recompensa é trajar com lantejoulas e, no final, um amendoim. É triste.
«Segue sempre o caminho mais curto: e a mais curta é a via de acordo com a natureza.»
Marco Aurélio, Pensamentos para mim Próprio
«Não ser arrastado no turbilhão; mas, como toda a força do instinto, manifestar a justiça; a toda a ideia que se apresente, salvaguardar a faculdade de compreender.»
Marco Aurélio, Pensamentos para Mim Próprio
51) Andrade Corvo, Um Ano na Corte (1850-51)
52) Vicente Ferrer Neto de Paiva, Princípios Gerais da Filosofia do Direito (1851)
53) Alexandre Herculano, Lendas e Narrativas (1851)
54) Alexandre Herculano, Eu e o Clero (1851)
55) José do Canto, Calendário Rústico (1851)
56) J. F. Henriques Nogueira, Estudos sobre a Reforma em Portugal (1851)
57) Camilo Castelo Branco, Anátema (1851)
58) A. P. Lopes de Mendonça, Recordações de Itália (1852-53)
59) L. A. Rebelo da Silva, A Mocidade de D. João V (1853)
60) Almeida Garrett, Folhas Caídas (1854)
«Entre os numerosos grãos de incenso postos sobre o mesmo altar, um cai antes dos outros, outro mais tarde. Isso não tem nenhuma importância.»
Marco Aurélio, Pensamentos para Mim Próprio
O Níger, as reservas de urânio e o pontapé no cu dos franceses, uma tendência na antiga África gaulesa, e que bem feito! Macron, boneco de pim-pam-pum, doméstico e internacional (Meloni, pô-lo ko, com pundonor).
Os russos, claro, aproveitam; os americanos, com bases a sul, estão prudentes; quem mandam, porém, para defender os seus interesses? Victoria Nula(nd), famigerado estafermo do golpe de estado na Ucrânia em 2014, humilhada agora em Niamei. (Ver, aqui, O Velho General .) A estupidez dos neocons é sem limites.
O clima aquece mesmo no Sahel: a França não vai querer largar o osso, mas não tem capacidade para sustentar uma guerra ali; os Estados Unidos se não contiverem os danos, vão avançar com os europeus dos costume na defesa da democracy no Níger, até aos últimos africanos dos países a cujos líderes pagam. Porém, a influencia da Rússia (sem falar da China, a assistir) é cada vez maior, felizmente; e a Argélia, cujas forças armadas não são nada despiciendas, já avisou que não vai tolerar uma intervenção armada dos países africanos a soldo do Ocidente. Talvez por isso, a Nigéria, com o maior exército da região, já terá recuado.
Uma nota para Cabo Verde, cujo PR, José Maria Neves, descartou apoiar a veleidade de uma intervenção armada no Níger (na defesa dos interesses franceses, acrescento eu). Chama-se a isso ter dignidade, além de finura diplomática. Um exemplo, incluindo para Portugal, na guerra da Ucrânia.
PS - O Níger, tal como a Ucrânia, é um território onde os impérios se guerreiam, algo que uns quantos indigentes professores e comentadores das relações internacionais ainda não perceberam.
41) Luz Soriano, História do Cerco do Porto (1846-49)
42) Alexandre Herculano, História de Portugal, desde o Começo da Monarquia até ao Fim do Reinado de Afonso III (1846-1853)
43) Alexandre Herculano, O Bobo (1128) (1846)
44) Francisco Maria Bordalo, Eugénio (1846)
45) Almeida Garrett, As Profecias do Bandarra seguido de Um Noivado no Dafundo e A Sobrinha do Marquês (1848)
46) Alexandre Herculano, O Monge de Cister (1848)
47) António Feliciano de Castilho, Felicidade pela Agricultura (1849)
48) A. P. Lopes de Mendonça, Memórias dum Doido (1849)
49) A. P. Lopes de Mendonça, Ensaios de Crítica e de Literatura (1849)
50) Francisco Joaquim Bingre, O Moribundo Cisne do Vouga (1850)
«Ainda que devesses viver três vezes três mil anos e mesmo outro tanto dez mil vezes, lembra-te sempre que ninguém perde outra existência senão a que vive e que não vive a que perde.»
Marco Aurélio, Pensamentos para Mim Próprio
32) Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa (1844)
33) António Feliciano de Castilho, Escavações Poéticas (1844)
34) Alexandre Herculano, Eurico o Presbítero (1844)
35) Marquesa de Alorna, Obras Poéticas de D. Leonor de Almeida Portugal Lorena e Lencastre, Marquesa de Alorna, Condessa de Assumar, e Oyenhausen, Conhecida entre os Poetas Portugueses pelo Nome de Alcipe (póst., 1844)
36) Francisco Freire de Carvalho, Primeiro Ensaio sobre História Literária de Portugal, desde a Sua Mais Remota Origem, até o Presente Tempo (1845)
37) Almeida Garrett, Flores sem Fruto (1845)
38) Almeida Garrett, O Arco de Sant'Ana (1845-50)
39) Almeida Garrett, Viagens na Minha Terra (1846)
40) Almeida Garrett, Dona Filipa de Vilhena seguido de Falar a Verdade a Mentir e Tio Simplício (1846)
21) Visconde de Vilarinho de São Romão, Histórias de Meninos para Quem não For Criança, Escritas por um Homiziado que Sofreu o Martírio de Estar Escondido Cinco Anos e Dois Meses (1834)
22) Alexandre Herculano, A Voz do Profeta (1836)
23) Almeida Garrett, Um Auto de Gil Vicente (1838)
24) Oliveira Marreca, Noções Elementares de Economia Política (1838)
25) Visconde de Juromenha, Sintra Pinturesca (1838)
26) Alexandre Herculano, A Harpa do Crente (1838)
27) Guilherme Centazzi, O Estudante de Coimbra (1840-41)
28) Visconde de Santarém, Memória sobre a Prioridade dos Descobrimentos Portugueses na Costa da África Ocidental (1841)
29) Almeida Garrett, O Alfageme de Santarém (1842)
30) Almeida Garrett, Romanceiro e Cancioneiro Geral (1843-51)
«Era a hora do estudo da tarde, e Lelito pensava. As Catilinárias abertas na carteira, o dicionário à direita, o caderno de significados à esquerda e o lápis à mão -- pareciam demonstrar que Lelito preparava a sua lição de latim. Mas Lelito não pensava nas Catilinárias. Na realidade, nem pensava. Melhor fora dizer que vogava ao sabor de um vago devaneio melancólico, através do qual a saudade de casa transparecia num persistente vaivém de recordações, aliada a uma como viscosa, angustiosa, obscura sensação de pavor. Tal pavor, ainda Lelito fugia de o confessar a si próprio; mas há três dias que o perseguia; e há seis que Lelito chegara. Há seis que neste mesmo salão fingia, a esta mesma hora, preparar as lições do dia seguinte.» José Régio, A Velha Casa I -- Uma Gota de Sangue (1946)
11) José Agostinho de Macedo, Exorcismo contra Periódicos e Outros Malefícios: Fugite Partes Adversae (1821)
12) Almeida Garrett, Retrato de Vénus seguido de Ensaio sobre a História da Pintura (1821)
13) António Feliciano de Castilho, Cartas de Eco e Narciso (1821)
14) Almeida Garrett, Catão, seguido de O Corcunda por Amor (com Paulo Midosi, 1822)
15) Almeida Garrett, Camões (1825)
16) Almeida Garrett, D. Branca (1826)
17) Almeida Garrett, Carta e Guia para Eleitores (1826)
18) Almeida Garrett, Adozinda (1828)
19) Almeida Garrett, Da Educação ( 1828)
20) Almeida Garrett, Portugal na Balança da Europa (1830)
«Por um claro domingo de Julho, à hora da missa, um landau desembocava a trote no campo da Feira, em Guimarães, indo estacar em frente do palácio dos condes de Vila-Torre -- casarão envelhecido pelas chuvas e sóis de quase dois séculos, cuja frontaria de solar e convento tomava todo um lado da praça, hasteando sobre um portal enorme, de coiçoeiras denegridas, as armas nobres dos senhorios.» Carlos Malheiro Dias, Os Teles de Albergaria (1901)
4) João Pedro Ribeiro, Dissertações Cronológicas e Críticas sobre História e Jurisprudência Eclesiástica e Civil de Portugal (1810-36)
5) José Agostinho de Macedo, Os Sebastianistas -- Reflexões sobre Esta Ridícula Seita (1810)
6) José Agostinho de Macedo, Contemplação da Natureza (1810)
7) José Acúrcio das Neves, História Geral da Invasão dos Franceses em Portugal, e da Restauração deste Reino (1810-15)
8) Silvestre Pinheiro Ferreira, Prelecções Filosóficas sobre a Teoria do Discurso e da Linguagem, a Estética, a Diceósina e a Cosmologia (1814)
9) Filinto Elísio, Obras Completas (1818-19)
10) Curvo Semedo, As Melhores Fábulas de La Fontaine (1820)
«Primos são quem vem de longe com novidades.»
Eugénio Roda, O Quê Que Quem Nota de Rodapé e de Corrimão (2009)
Há a escola neo-realista (curioso nome), de que se reivindica Carlos Branco. Suponho que os comentários de Agostinho Costa, Mendes Dias, Raul Cunha poderáo com nuances ser ali encaixados. Nao sendo especialista, vejo neste comentário de Godfrey Bloom, ou nas abordagens de Douglas McGregor ou, mais parciais e entusiasmado com o lado russo, Scott Ritter, esse tipo de análise que nºao embarca em mentiras e fantasias.
Há depois a Escola de Cavez, onde bebem todas as lívias e raquéis, todos os gaspares e armandos das relaçoes internacionais (sempre com as honrosas excepçoes); e que é também a que formata, permeia e impregna o Governo, do ministro Cravinho ao pm Costa, sem esquecer o Presidente Marcelo -- que tarda a levar o Penduricalho da Liberdade a Kiev --, o que nºao devemos levar a mal, uma vez que ele é mais constitucionalismo e táctica; geopolítica e estratégia residem noutro departamento.
«Como tudo se desvanece depressa, no mundo os próprios corpos e no tempo a sua lembrança.»
Marco Aurélio, Pensamentos para Mim Próprio
Do hipócrita Bordalo II, à chicoespertice de Isaltino, do beija-mao de Marcelo, impróprio para um chefe de estado, à saudaçao do PCP e da sua organizaçao juvenil, própria de um partido sério e maduro, ao contrário duns revolucionários de genitália ou jacobinos do centro de dia que pensam estar ainda na Rotunda. Quanto ao resto, em especial para a igreja portuguesa e o seu cortejo de hipócritas, estou-me nas tintas, nao é problema meu, que sou ateu. E os casos de polícia sao para ser tratados como os outros.
Um ser humano excepcional é sempre 1) ser humano; 2) execpcional. Aliás, o nome escolhido por Jorge Bergoglio, um jesuíta, foi o de Francisco, invocaçao do homem de Assis, que uma certa escrófula esquerdista deveria saber quem foi e o que representa - a começar para a própria Esquerda.
Uma das suas últimas frases na visita a Portugal: O único momento em que é lícito olhar uma pessoa de cima para baixo é para a ajudar a levantar-se.
Eu nao precisaria de ouvir mais.
Se, há cerca de trinta anos, deputados do PS, ou outros, propusessem trasladar os restos mortais de Eça de Queirós para o Panteao Nacional, nao seria eu quem torceria o nariz, uma vez que depositados num jazigo ao abandono num dos cemitérios de Lisboa, estavam na iminência de ir parar à vala comum. Uma, e depois outra manchete do extinto diário Europeu, impediram-no, sendo a trasladaçao feita para a imaginária Tormes, onde está e muito bem (Santa Cruz do Douro, concelho de Baiao, que Eça pôs no mapa)
No Panteao está o grande Aquilino Ribeiro, bem sei, mas Tormes tem toda uma poética que o institucional jazigo nunca terá. E depois, trata-se do Eça de Queirós, que sempre foi alérgico a estes manobrismos deputais -- a palavra verborreia foi ele quem a inventou, aplicada aos circunstantes de S. Bento.
Todos os regimes se tentaram apropriar dele, o que é impossível pois Eça é inapropriável. Liberal, socialista, anarquista, cristao, antijacobino, deputacioná-lo para Santa Engrácia é especialmente infeliz, por isso o que escreve Eugénio Lisboa, num texto que mao amiga me fez chegar, é justo e válido.
«Anda de outro modo aquele a quem caíram botões nas cuecas.»
Ramón Gómez de la Serna, Greguerías (1917/1955)
Segue-se a norma adoptada em Angola e Moçambique, que é a da ortografia decente.