O que faz um rei medieval fazer um novo reino: o apoio da nobreza senhorial de Entre-Douro-e-Minho (Maias, Mendes, Sousas, etc.), que procuram livrar-se da pressão galega; a densidade política do território que se administra fundada, desde a formação, em 868, por Vimara Peres; a rivalidade entre Braga, primaz das Espanhas, e Santiago de Compostela; as divisões internas dentro da cristandade peninsular; as divisões internas dentro do islão peninsular (almorávidas e almóadas).
E antes e depois de tudo: uma personalidade fortíssima (arma-se a si próprio cavaleiro, como só os reis faziam, leio no verbete de Torquato de Sousa Soares, no Dicionário de História de Portugal) e uma têmpera robusta de lutador.
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