«Que terrível coisa a vida! Levantar-se todos os dias para o mesmo fim, com os mesmos gestos, as mesmas cerimónias sórdidas, as mesmas misérias corporais! Só Elói sabe quanto custa erguer-se daquela cama amaldiçoada e, apesar de tudo, -- o paraíso... Durante os momentos mais dolorosos e difíceis da sua luta quotidiana só uma coisa o conforta: a lembrança de que ela o espera com a sua profundidade, a sua separação do mundo, a sua colaboração com o mistério do sono e dos sonhos!»
João Gaspar Simões, Elói ou Romance numa Cabeça (1932)
2 comentários:
É realmente um sacrifício deixá-la. Mas é um consolo saber que teremos novo encontro horas mais tarde :)
Em relação à cama, defino-me como um resistente: resisto a nela entrar e a dela sair :)
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