«Morava no fim da vila, à beira dos esteiros. Da casa que o pai fizera, toda madeira e lata, viam-se os toiros pastar na outra margem e as rotas dos barcos.. Havia tufos de junco nos esteiros e lixo abandonado. Quando pequeno, ainda convertera os esteiros em florestas e rebuscava no lixo brinquedos preciosos. Cedo, porém, se aborreceu naquele recanto monótono, só água e planície. A floresta dava-lhe pela cinta -- era junco -- e o lixo era lixo, apenas. Começaram então as fugas para a rua.»
Soeiro Pereira Gomes, Esteiros (1941)
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