«[...] não tendes razão contra Píndaro, que, cada vez que o ouço, me parece um livro de cavalarias. Se ele tivera encantamentos escuros, castelos roqueiros, cavaleiros namorados, gigantes soberbos, escudeiros discretos e donzelas vagabundas, como tem palavras sonoras, razões concertadas, trocados galantes e períodos que levam todo o fôlego, pudera pôr a um canto o Amadis, Palmeirim, Clarimundo e ainda o mais pintado de todos os que nesta matéria escreveram; e já estivem em o persuadir que se metesse em uma empresa semelhante, porém receio que se me ensoberbeça com a altiveza de seu estilo e despreze aos amigos.»
Francisco Rodrigues Lobo, Corte na Aldeia (1619)
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