«Todas as noites, ao entrar no escritório, Soriano fazia os mesmos gestos. Começava por acender um charuto, a sua velha volúpia, o seu vício desde os tempos de penúria e que tantas ironias merecera aos adversários. Em seguida, sentava-se no novo "maple", sob um verde quebra-luz. Logo estendia a mão para a mesita onde a criada, conhecendo os seus costumes, deixava os jornais da noite. Ele amava essa hora.»
Ferreira de Castro, A Curva da Estrada (1950)
Sem comentários:
Enviar um comentário