-- Como?!
-- Pois é verdade, Senhor Major. Aquele refinado tratante fez mal aqui à minha filha, e agora, pelos modos, está-se nas encolhas para o que prometeu.
-- Não diga! e voltando-se para a cachopa que, de olhos baixos e lenço embiocado fingia vergonha: a menina como se chama?
-- Casimira, uma sua criada, senhor Major.
-- Boa fazenda, não há dúvida nenhuma, boa fazenda! mas estraga-se muito entre as pernas. Todavia eu vou já mandar chamar esse grandíssimo putanheiro e se ele não reparar o bem que fez, qual mal, nem qual carapuça, que lhes soube, a ambos a favos de mel, adivinho eu e a menina Casimira com essa afoiteza o confirma! leva correccional pelo lombo, olá se leva, pois um bocado destes, quem é o safado que atreve a passá-lo ao estreito sem a vaselina da Santa Madre Igreja?!
Memórias do Capitão
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