.../... «E então lembrei-me: e se eu tentasse uma vez mais o registo diário do que me foi afectando? Admiro os que o conseguiram desde a juventude. Nunca fui capaz. Creio que por pudor, digamos, falta de coragem. Um romance é um biombo: a gente despe-se por trás. Isto não.» .../... Vergílio Ferreira, Conta-Corrente 1 (1969-1976) (1980)
.../.. «Desde o recordatório histórico das lutas ingentes da humanidade para a sua esforçada emancipação até à esquematização das eficazes soluções para a consolidação da Democracia moderna, tudo Benes focou com inteligência e invulgar cultura. / Quem se debruçou sobre essa obra de meditação e de crítica aprendeu, através duma prosa fácil e emotiva a lição dum extraordinário pensador, sociólogo de primeira plana e político de rasgados horizontes.» .../... Vasco da Gama Fernandes, Jornal (1955)
.../... «Sentimo-nos regressar às fontes da pureza em todas as intenções humanas, mesmo nas mais malignas ou convencionais. // -- Afinal, onde é Paris? / Esta interrogação leva-nos à ideia de uma concepção perimétrica que nos faz recuar desde o actual plano da urbe até aos círculos pantanosos donde emergiram as colinas de Santa Genoveva e Montmartre, sentinelas defensivas da pequena ilha de Lutécia, a cujos juncais aportariam um dia os nautas parisii, fundadores do burgo.» .../... António de Cértima, Doce França (1963)
1 comentário:
«... O motor do nosso carro zune e, na natureza espasmódica, sob a irritante morrinha do céu, o seu vu-vu-vuu é como canto embalador.»
Aquilino Ribeiro, «ALEMANHA ENSANGUENTADA». 1935. Caderno dum viajante. "NOS CAMPOS DE BATALHA": França, 1928. "Estrada de Arrás, terça-feira, tarde,13 de Novembro de 1928."
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