A CNN internacional é o espelho da Fox News: centrais de desinformação e propaganda travestidos de jornalismo. Cloacas comunicacionais destinadas ao americano médio, espécie cujos órgãos vitais são a boca, o estômago e o intestino grosso. Por cá, como tenho dito há um interessante critério editorial, que, apesar de veicular os despachos de Atlanta, e ter um conjunto de pivôs incapaz (excepção feita a Cristina Reyna, excelente profissional, e pouco mais), conseguem um equilíbrio nos comentadores que não vejo em outros canais. Faltando alguns que devem ser assinalados, sempre os militares (Agostinho Costa, Carlos Branco e Mendes Dias) e (poucos) académicos decentes (Tiago André Lopes, Maria João Tomás, e dois cujos nomes nunca consigo recordar, um da Universidade Autónoma, outro do Porto, não sei de que escola).
Já aconteceu rir-me às gargalhadas com uma pobre de Cristo muito bonitinha, ora a apanhar bonés ora com o fácies de incredulidade quando o que estava a ouvir não acertava com o guião da casa-mãe.
Ontem, particularmente estúpido: enquanto o inserçor "informava", em português macarrónico qualquer coisa como "Kiev avisa (sic) que o exército russo é incapaz", ao mesmo tempo o major-general Carlos Branco relatava como os ucranianos estavam à rasca, em vários pontos daquela frente com mais de mil quilómetros.
Quanto mais o cidadão comum se torna descrente e percebe que está a ser manipulado (Kiev a arder, mas os mísseis Patriot (mach 4, 4,5) interceptam todos os Kinzal russos (mach 10 ou 12...) -- uma impossibilidade, portanto), mais o Ocidente Alargado (ou seja, os Estados Unidos e os seus protectorados europeus, incluindo Portugal) insistem na mentira criminosa às pessoas nesta guerra entre a Rússia e os Estados Unidos, feita à custa dos cidadãos europeus e, por enquanto, das vidas dos cidadãos ucranianos comuns, de armas nas mãos mas não daqueles homenzinhos na casa dos trinta e quarenta anos, que se passeiam na estrada Boca do Inferno - Guincho, em carros de luxo).
Depois do maior ataque aéreo a Kiev (cirúrgico, com um número de baixas civis no zero ou próximo disso), só me vem à memória a notícia veiculada pelas televisões, claro está, da história de que o exército russo promoveu um crowdfunding para comprar botas -- entre muitas outras pérolas para enganar os inocentes.
P.S.: a propósito de bombardear Kiev: tenho a certeza de que muitos telespectadores já se perguntaram: como é possível o Zelenski, nos intervalos de andar a laurear a pevide, continuar a abrigar-se no palácio presidencial intacto?
P.S.2: Estou muito interessado na visita do caniche do Pentágono a Lisboa, e s no que fará ou dirá o governo português.
2 comentários:
Viva, Ricardo!
Tem a certeza de que esses pipis que se passeiam em bons carros de matrícula ucraniana pelo Guincho não serão russos da Ucrânia, fugindo ao risco de serem incorporados e terem que combater a própria mãe-Rússia?
PS: Fiquei cá a pensar qual seria a 'bonitinha'... Há por lá várias.
Abraço pacifista.
Caro, não tenho, mas desconfio.
Pois há, lá isso...
Outro
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