terça-feira, julho 05, 2022

da ideologia de género pregada às criancinhas ao "machismo tóxico" de Putin

Ponto de partida: a ideia de que numa sala de aulas apareça um mamífero a pregar às criancinhas conceitos abstrusos como a fluidez de género é um atentado grave à autodeterminação sexual da criança como indivíduo, e portanto deveria ser criminalizado, como o são o atentado ao pudor, para não falar no resto.

Com crianças e mulheres a serem mortas agredidas e mortas todos os dias, o  Ministério Público preocupa-se em subtrair a uma família a responsabilidade (não escrevo autoridade, porque é uma palavra feia) pela educação dos filhos.

Isto porque os pais discordam que os seus educandos sejam sujeitos à inculcação de ideias abstrusas e doentias como, por exemplo, a fluidez de género... Como se isto fosse ou tivesse sequer dignidade de matéria curricular. Não tem nenhuma.

Direitos humanos, dizem as aventesmas. A coberto da dignidade da salvaguarda da liberdade e da não discriminação, promove-se a inculcação, com a cumplicidade cobarde dos poderes públicos, e o próprio fechar de olhos e assobiar para o lado da Igreja, que tem os seus colégios (normalmente para famílias com posses), onde obviamente estas badalhoquices não entram -- o que não significa que estejam desatentos aos problemas que a sociedade levanta. Por acaso não estão; mas como também estão na defensiva, reservam-se.  

Eu sei que a cobardia, o oportunismo, o carreirismo, o não fazer ondas é que paga. Mas isto precisa de um sobressalto asseado (sem Chegas e ordinarices parecidas); ou seja, que o bom senso se faça ouvir, à direita e à esquerda, a esquerda que pensa pela sua cabeça, que não vai em carneiradas e que não aceita mais esta americanice. Ribeiro e Castro, como conservador que é, já se manifestou, e bem. É preciso não o deixar sozinho. É que já não se trata de garantir a liberdade sexual para todos, mas de impedir a perseguição de quem acha que a Escola não é o local para haver inculcação de formas mais do que questionáveis de encarar a individualidade sexual, e de que, já agora, a família ainda é o lugar onde se deve educar. (Claro que não me estou a referir às família desestruturadas pelo capitalismo selvagem e badalhoco, que organizações como a fox servem; essas coitadas, são as primeira vítimas deste sistema em que tudo se compra e vende, a começar pelas consciências.)

P.S. Ainda não me inteirei bem sobre o caso do professor de Aveiro, até que ponto ele foi longe de mais ou não -- ou seja: em que medida a s suas convicções pessoais expressas no facebook colidem com a função de professor universitário. parece que se passou com a campanha da fox sobre o assunto, conversa de chacha merdosa e arrogante, rematada com um "aprender faz parte". Vamos transformar isto numa maravilhosa América, um nicho de elites, com a vasta massa bestializada, governada por lóbis e cujo desporto nacional é andar aos tiros uns aos outros.

P.S.2 Parece que o dito prof. gosta do Putin, por não deixar esta canalha organizada expandir-se à vontade (como o Orban, de resto, o que motivou crepes arco-íris no Expresso, essa referência). Eu também não tenho dúvidas de que o lóbi gay detesta o Putin, e que está metido até ao pescoço, e de há muitos anos, na campanha. Independentemente de outros problemas, onde o Putin se revela verdadeiro estadista é na protecção das crianças russas desta matilha. É mesmo uma das razões por que o acho tão apreciável.

P.S. 3 um boi como o Boris Johnson, que já teve a polícia em casa por violência doméstica, falou por estes dias do machismo tóxico do Putin, a propósito do troco nu, que tanta confusão lhes faz. Mas a resposta do mesmo Putin à piadola deste bicho e do insuportável Trudeau do Canadá esteve mais do que à altura. 

3 comentários:

Lúcio Ferro disse...

"Speaking to journalists in Turkmenistan on Monday, Russian President Vladimir Putin responded to questions about several recent remarks from British Prime Minister Boris Johnson. During the latest G7 summit, the UK leader joked that his allies should take their clothes off for the photoshoot – to show that they are “tougher than Putin.” Putin answered: “I don't know how they wanted to undress, waist-high or not, but I think it would be a disgusting sight either way”. The Russian president quipped and added: “Everything should be harmoniously developed in a person, both the body and the soul. However, in order for everything to be harmonious, one has to abandon excessive drinking and break other bad habits, start exercising, take up a sport."

Achei o seu texto polémico e um tanto forte. Repare, a Escola desempenha um papel cada vez mais abrangente na educação de crianças, adolescentes e jovens. Não me parece que alguma sensibilização para as diversas orientações de género e não fazer de conta que estas não existem e que não devem ser discriminadas, seja algo de negativo, embora conceda que possam existir excessos doutrinários e que possamos estar a pôr macaquinhos no sótão dos miúdos. Ainda assim, penso que a Escola deve ser inclusiva e não redutora; do mesmo modo que ataca as escolas por algo que nem sei bem o que foi ou é, também as ataquei quando se pintaram de azul amarelo e puseram as meninas e os meninos a fazer cantorias acríticas ao que já se sabia que iria correr mal.

R. disse...

Meu caro,

muito obrigado pelo seu comentário. Mais tarde responderei. E sim, é excessivo. Talvez devesse escrever menos a quente, mas seria outro que não eu.

R. disse...

Esteve muito bem, o Putin.
Ora bem, não me parece que questões como a da fluidez de género, que nem sei bem do que se trata, tenham cabimento na escola, pelo menos não antes do secundário, partindo do princípio que exsite uma caução científica que o suporte. Do muito pouco que tenho lido, nos jornais, tal não se verifica. O mesmo não se passa com a transexualiade, problema clínico real, para o qual, ao que julgo saber, a sociedade está cada vez mais desperta. Conheço, aliás, um caso extraordinário de envolvimento da comunidade escolar, alunos, professores e religiosas, uma vez que se trata de um colégio de freiras.
A minha manifestação é contra uma militância de moda, pouco séria e grotesca, e que faz vítimas.