A turista passeava francófona no meio da rua com trânsito. Sexagenária avançada, jeans e coiro curto, talvez madeixas. Na curva em frente, um audi indígena, parecendo um tudo nada mais rápido do que devia. Um tudo nada, porém. O motor cavalar, quiçá em escape livre, parecendo evoluir mais velozmente na córnea transeunte. Fora do passeio, a turista gestualiza, mandando o indígena abrandar. E este guina-lhe para cima, pondo a criatura a falar sozinha com o ameaço. Vinte metros atrás, o companheiro murmura um abruti, enquanto rapa do cone o gelado. "Que pena", terá pensado.
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