quarta-feira, fevereiro 23, 2022

seis parágrafos sem paciência a propósito da Ucrânia

1. Terça de manhã, na Rádio Observador, o major-general Carlos Branco. Oh, tanto que há a dizer. Eu punha uma série de comentadores de meia-tigela numa prova de ditado, com orelhas de burro.

2. o José Rodrigues dos Santos em piruetas e pliês junto do mapa da região, depois de, com guinchos de terror, dizer que Putin citou Lenine e Stálin, não percebendo que era uma crítica que ele -- bem ou mal -- estava a fazer a ambos, como criadores da Ucrânia como entidade política.

3. Calado há algum tempo, o Chega pronunciou-se, acusando a UE de frouxidão. Propõe-se o envio voluntário do Ventura para o leste da Ucrânia, com o camuflado de brinde da campanha eleitoral. (Mas o Putin não era de extrema-direita? Pelo menos foi o que ouvi afirmar a um antigo membro de berloque de esquerda...)

4. Não tenho seguido as reacções dos partidos. Só sei que o PCP está cheio de razão, o resto é conversa fiada para entreter os indígenas e Washignton ouvir,

5. O Biden, esse querido velhinho, indignado com o ultraje russo de reconhecer a "independência" dos separatistas, esquecendo-se do cadastro que o país tem com a criação de Kosovos, que o comportado MNE Luís Amado foi obrigado a reconhecer -- sem esquecer essa linda entidade política chamada Bósnia-Herzegovina, que nunca em tempo algum alguma vez fora país ou nação. Há quantas décadas estão lá os capacetes azuis para que eles não se matem? É que antes eles viviam todos juntos, casavam-se entre si, como se passa(va) na Ucrânia. 

6. Cada vez tenho menos paciência para ouvir comentadores incapazes e políticos sonsos, Eu percebo que o cidadão comum não tenha possibilidade de analisar a situação.  Mas que dizer desta patota antiputinista primária, secundária e pavloviana? Parece que ele não deixa as criancinhas russas serem expostas a parvoíces como a ideologia de género na escola, entre outros atentados à inteligência; deve ser por isso que lhe têm tanta sede nos Estados Unidos e aqui na parvónia.

4 comentários:

sincera-mente disse...

Vou-me meter consigo:
O meu amigo tem costela russa ou, na qualidade de historiador, ganhou uma bolsa de estudos para especialização em Imperialismo Russo, na Universidade de Moscovo?
Agora, a sério: acha mesmo o PCP cheio de razão, nesta ou praticamente em qualquer outra matéria?

R. disse...

Meta-se à vontade, meu caro... Ah, a Universidade de Moscovo, quem me dera: estudaria a alta idade Média, os eslavos, os vikings, a evangelização... Ou então o século XIX.

Se ouvi bem o que o PCP disse, foi responsabilizar os Estados Unidos (nada mais acertado); a União Europeia, salvo erro /tem sido lamentável) e o governo da Ucrânia (nada mais justo). Haverá culpas do lado russo. É possível, embora eu não esteja bem a ver. É não gostar do Putin? Isso parece-me insuficiente, mas estou aberto a ouvir.

REu acho difícil concordar com o PCP em muitas coisas, mas neste caso, salvo melhor opinião, ou qualquer coisa que me escape, assino por baixo.

sincera-mente disse...

E agora?

R. disse...

Já direi algo sobre o assunto. Mesmo sem estar a seguir os acontecimentos ao momento.