sábado, novembro 23, 2019

polícias: degradações, um gesto e uma pergunta

Degradação 1: o entrincheiramento dos deputados em face de uma manifestação de agentes de segurança e representantes da autoridade do estado democrático, demonstra a má consciência dos partidos do poder: PS, PSD e CDS -- este a mostrar querer competir com o Chega, o que lhe proporcionará um triste fim, e será bem feito, o outro faz muito melhor esse papel. O Telmo Correia que vá comentar o Benfica, que é o que ele faz bem (SLB, SLB, etc...)

Degradação 2: as condições de trabalho e os vencimentos de PSP e GNR mostram bem que se estão a marimbar para eles. É natural que eles se sintam desrespeitados. Curiosamente, o mesmo não se passou com os magistrados do Ministério Público… Ah, esta politicalha.

Degradação 3: a PSP e a GNR cantando o hino de costas para a Assembleia da República, mesmo que esta se tenha posto a jeito (ver 1)

Degradação 4: a infiltração nas polícias dos movimentos populistas e de extrema-direita. Os inocentes deixam-se manipular.

Gesto: vi um sindicalista da polícia puxar as orelhas ao espertalhão do Chega, e a declarar perante as câmara o repúdio por este aproveitamento.

Sabe-se, por acaso, quanto gasta o estado, em todos os níveis da administração, com sinecuras e inutilidades (autopromoções e propaganda em proveito próprio, viagens, motoristas, assessores, cartões de crédito)? Aposto que não…


2 comentários:

Jaime Santos disse...

Barbára Reis, numa coluna do Público no dia seguinte à manifestação, creio, lembrava que o facto de que há agentes a comprar coletes anti-bala não quer dizer que deles necessitem. Segundo ela, muitos queixam-se simplesmente de que têm que os partilhar com outros colegas e de que quando trocam o turno têm que vestir coletes suados e mal-cheirosos. Tratar-se-ia de uma questão de conforto e não de segurança e de boa gestão dos (parcos) recursos do Estado.

Mas é aí que entra aquilo que você diz no último parágrafo. Se é para gastar pouco, comecem a cortar no que é supérfluo e até mesmo sumptuário. Prefiro que o Estado gaste em coletes anti-bala individuais para suprir o sentido de brio e de limpeza dos agentes da PSP e GNR, que ande a gastar nessas inutilidades de que fala.

Um mimo pequeno a quem merece é melhor que um grande a quem podia perfeitamente levar um chuto e ir fazer pela vida e refiro-me aqui obviamente a boys e girls que pululam pelos gabinetes governamentais e pelas repartições...

R. disse...

Ora bem!