«Talvez a realidade possa ser apreendida na forma estranha da arte, mas eu, fincando em espaços divinos, lembro-me destas palavras: Floresta -- Dália -- Medusa -- Silvalde -- Maresia -- Saudade -- Sonho e cheiro do mar na onda da praia na concha da espuma quando também me lembro do cheiro misterioso em castanhos efeitos a sair da terra molhada. E... vejo o céu na nuvem passeante adormecida na cor sem forma de adeus. O ritmo de palavra é como se pode ver uma expressão musical -- quanto mais afinado está o ritmo harmónico mais sensível aparece o estado de alma dado em pormenor pelo som silábico. Os meus estudos imaginativos têm-me levado a estas novas possibilidades onde a alma consegue definir-se estaticamente, o verbo é a criação e o ritmo é a necessidade de agitação de sonho para o homem -- As palavras são essência da vibração como folhas de árvore são necessidade de vento. Toda a religiosidade da natureza é dada pela interpretação ritmada do verbo -- o verbo divino nada mais é do que a possibilidade vocálica de Deus!» Ruben A., Páginas I (1949)
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