«Já todas as paredes estão firmes nos engonços, aprumadas se vêem as colunas sob a cornija percorrida de latinas letras que explicam o nome e o título de Paulo V Borghese e que el-rei há muito tempo deixou de ler, embora sempre os seus olhos se comprazam no número ordinal daquele papa, por via da igualdade do seu próprio.» José Saramago, Memorial do Convento (1982)
«Naquela fornalha do auge da época seca, onde não corria uma aragem, eles e uns mosquitos pequenos que se metiam pelos olhos, pela boca, pelo nariz, como se fossem cegos, pareciam ser os únicos bichos vivos.» Carlos Vale Ferraz, Nó Cego (1983)
«O Tejo, ao fundo, numa pardacenta imobilidade de expectativa.» Fernando Namora, O Rio Triste (1982)
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