domingo, setembro 02, 2018

do domínio do milagre

Grande Sertão: Veredas, do Guimarães Rosa (1956), é um livro miraculoso, daqueles que nos acompanham pela vida fora, por cada linha, cada parágrafo ou página. É uma obra-prima da literatura universal, embora o Mundo que não lê o português o desconheça, posto que virtualmente intraduzível. E talvez o único que, na nossa língua, se confronta com as grandes narrativas dos últimos dois séculos, por exemplo, Guerra e Paz, de Tólstoi, ou Crime e Castigo, de Dostoievski.

5 comentários:

APS disse...

Para completar o trio maravilhoso, deixe-me acrescentar: "Tutaméia" e a novela "Campo Geral".
Diz, quem sabe, da grande qualidade das traduções de Curt Meyer-Clason, que, em 1964, verteu para alemão "Grande Sertão".
Uma boa semana.

R. disse...

Muito obrigado! Já tinha lido o «Sagarana», notável, e sabe-se lá para quando, o «Miguilim e Manuelzão».
Sabia da existência da tradução do Curt Meyer-Clason, que é, sem dúvida, uma garantia de probidade. Será, provavelmente (não sei alemão), uma tradução em que ele terá recorrido a uma equivalência dialectal -- nem estou a ver como será possível de outro modo.

Evandro disse...

Que coincidência, Ricardo, porque estou lendo e relendo Rosa por estes dias.

Sobre o GS:V escrevi aqui em meu blog, falando de minha edição autografada:

http://avidanumagoa.blogspot.com/2012/11/meu-bem-estivesse-dia-claro-grande.html?showComment=1531106325388#c7968821617593712081

Evandro disse...

Toda a obra do Rosa foi traduzida. A tradução italiana, a cargo do Edoardo Bizzarri, é notável. A correspondência entre os dois, idem.

R. disse...

Caro Evandro, obrigado pelo link. Mando para a troca o meu post sobre o «Sagarana» :

https://abencerragem.blogspot.com/2011/03/leitura-exigente.html

Grande novidade é essa de tantas traduções do JGR!... É preciso ser-se um ás para traduzi-lo bem -- como sucede também com o nosso Aquilino Ribeiro.

Abraço