Telejornais de ontem. Quando um tipo pensa que boa parte daqueles indivíduos que representam o PSD e o CDS já bateram no fundo da falta de vergonha e da estupidez, afinal não, afinal conseguem refocilar ainda com maior desenvoltura, à frente de toda a gente.
O cenário, a Assembleia da República; a circunstância, um debate na Comissão do Orçamento, com Mário Centeno. O ministro fala e quase não acredito no que oiço e vejo: gargalhadas de galináceas e sorrisos alvares de galifões. Quase tive pena de Duarte Pacheco, que me parece ser homem de compostura, e até de Cecília Meireles (espero não estar enganado, e ter sido também ela galinhola -- tudo é de esperar).
Do outro lado, tipos preparadíssimos -- e suponho que com pouca paciência para lidar com putos --, Trigo Pereira, João Galamba, Mariana Mortágua, até Paulo Sá, que não é economista, e o inexperiente André Silva, a dar um exemplo de civilidade àqueles patetinhas.
Eu olhava para as tristes figuras, sempre à espera que a qualquer momento sacassem do balde das pipocas. É claro que Centeno, sem perder a urbanidade, fez gato-sapato daquele jardim zoológico da direita; mas o espectáculo foi degradante. Ao nível, de resto, do que foi, com poucas excepções, a anterior legislatura.
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