A minha tolerância ao fundamentalismo religioso é nula; seja islâmico, judaico, cristão e por aí fora. É exactamente igual à minha rejeição, total e absoluta, ao racismo, a guetização das comunidades étnicas. Lisboa tem, por exemplo na Mouraria, um dos mais interessantes fenómenos de misceginação cultural -- como ainda ontem se viu no documentário brilhante de Tiago Pereira, transmitido pela RTP2 , "O que o povo ainda canta".
(A generalidade dos espectadores devia andar a badalhocar-se pela TVI, é verdade.)
Vem isto a propósito da manifestação que movimentos intitulados Resistência República e Resposta Laica (nomes magníficos, saliente-se) pretenderam organizar e foram, porventura justificadamente proibidas pela Justiça francesa. O slogan era divertidamente ofensivo (para os radicais islâmicos, claro), mas justo: "Desequilibrados, degoladores, calões. Islamistas fora da França". A imprensa, politicamente correcta e tonta, apressa-se a qualificar estes movimentos como sendo de extrema-direita, tal como sucede com o Pegida alemão -- o que está longe de ser verdade. Mas, como já escrevi, não podemos alhear-nos dos perigos de infiltração racista e fascista.
A verdade é que se eu fosse francês, ou alemão, ou belga, por exemplo, consideraria como primeiro dever cívico obstaculizar e reprimir por todas as formas legais a capacidade de acção todos os islamitas. Os islamitas, não por serem, estrangeiros (vários já nem o são) ou muçulmanos (o que seria disparatado). Islamitas porque, ao contrário da Igreja Católica, que foi posta na ordem pelo liberalismo e pela República (por vezes com excessos, concedo), a ameaça à liberdade no momento presente reside naqueles, e não nestes, como se sabe.
O alvo dos liberais, dos democratas, dos libertários, das feministas, dos homossexuais, dos homens livres é a besta islamita. Com vigilância para com as vagas epidémicas fascistas e xenófobas. Quanto mais tarde o Ocidente se mobilizar, maiores as ameaças, de ambos os lados.
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