À medida que quinta-feira se aproxima com toda a sua incerteza, cresce a pressão dos rapinantes do costume. Companhias e bancos ameaçam abandonar a Escócia, se ganhar o 'sim' à separação do Reino Unido. Como se um país com população semelhante em número à da Irlanda republicana, com as reservas petrolíferas que detém e com uma cultura universalmente reconhecível e admirada pudesse estar sujeita aos caprichos dos mercenários da finança e dos mercados...
Mesmo que vença o 'não', será, tudo o indica, uma vitória tangencial, o que significará que metade do eleitorado, a que se junta, no lado unionista, uma percentagem inquantificável que votará 'não' por desígnio político e não meramente utilitário -- significará que mais de metade dos escoceses responderá com o devido desprezo aos argentários a soldo, gente de má fama.
P.S. A postura da rainha tem sido politicamente sábia -- além disso, a questão do regime, de momento, não está em causa. Obviamente, ela é contra a secessão; mas também sabe que a legitimidade histórica da sua dinastia não é inglesa, mas escocesa, pois Isabel II é uma Stuart. Questão politicamente complexa, simbolicamente nem por isso.
2 comentários:
Os apetites dos gaviões...
Beijinhos Marianos, Ricardo! :)
Ou isso... :)
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