Quando o vento amainar
E a brisa vier em seu lugar;
Quando a roseira branca
-- Toda ela castidade --
Ao dar botões perder a virgindade;
Quando as ondas do mar
-- Curvilíneas sereias --
Vierem espreguiçar-se,
Ensonadas e calmas,
Sobre as fulvas areias;
Quando a relva do prado
For uma verde alfombra,
E o céu, de um puro azul,
Não tiver uma sombra;
Quando o manso rebanho
Deixar cedo o redil,
E o ar, morno e odorífero,
Nos disser que é Abril;
Então é Primavera!
E então, ó meu Amor,
Então é que estarei à tua espera!...

Eterna no Tempo
Sem comentários:
Enviar um comentário