segunda-feira, fevereiro 19, 2024

a estória do Navalny tresanda a gasoduto, e todos os que não andam distraídos sabem disso (ou por que raio precisava o Putin de mandar matar o Navalny?)

Talvez por que seja louco, dir-me-ão em fina análise de mulher-a-dias (com respeito por estas e nenhum pelos outros)... Ou porque tem cancro, ou porque ficou apanhado pela covid-19, entre outras interpretações sofisticadas.

Na sexta-feira dava fifty-fifity quanto às suspeitas sobre a autoria da morte (isto, se o homem não morreu vítima de qualquer embolia): agora, tenho cada vez menos dúvidas de que, não se tratando de uma síncope qualquer (sim, Navalny era um preso político, mas também um agitador perigoso e racista, como há tempos escrevi; e sempre suspeitei dele como um peão dos americanos, ou que deles se nutria -- talvez mais esta segunda hipótese: alguém, como Bin Laden, que depois lhes fugiria ao controlo), 

As reacções pressurosas da administração americana, muito parecidas no tempo com as que foram proferidas por ocasião da sabotagem dos Nordstream (aqueles que Biden ameaçou destruir, ao lado do gnomo alemão -- eu vi), deixam no ar o cheiro a canalha. O Lula, que, ao contrários da maioria dos líderes europeus em particular portugueses, não é um pacóvio nem menino a cheirar a leite, já disse ao pessoal para ter calma.

Agora, estes atrasos de vida da União Europeia fazem mais um filme com a viúva -- um filme para a fotografia --, sabendo que a única coisa que podem contra a Rússia é serem peões do Pentágono. (Alguém sabe dos nosso tanques Leopard?...) Que lixo.

Se a morte do Navalny foi perpetrada por serviços secretos ocidentais, tal não passa de um sinal de desespero: uma tentativa burra de criar um levantamento popular (a burrice (e a ganância) dos americanos é lendária); ou a criação de um clima emocional que leve a Câmara dos Representantes a libertar as verbas para que a Ucrânia continue a comprar armamento aos Estados Unidos... Ou ambas, e quiçá outras que me escapam. Enfim, nada que verdadeiramente conviesse a Putin, embora, estando na mó de cima com esta guerra com os Estados Unidos, pudesse ser tentado a transfigurar-se em Vladimir, o Terrível, para fazer o gosto ao Ocidente, isto a crer nos profundos perfis desenhados pelas esportuladas centrais de comunicação. 

4 comentários:

Albino Manuel disse...

Navalny morto pelos serviços secretos ocidentais? Numa prisão de alta segurança no Ártico? E que importa se lhe tenham ou não apressado a morte dadas as condições de existência que tinham?

Trinta anos depois do colapso da URSS os comunistas portugueses continuam agarrados a Moscovo, mesmo sabendo a natureza fascizante do regime actual. Que despudor.

R. disse...

Aprendi com o Ian Fleming que não há impossíveis para o MI6.

Lá os comunistas, não sei. Por mim, o Putin pode seguir até Kiev; e se não tomar pelo menos Odessa, fico triste.

Lúcio Ferro disse...

Não tenho grandes dúvidas de que a morte de Navalny caiu como sopa no mel da propaganda do ocidente. Tem sido um fartote e não se calam, os pulhas agora até reciclam a viúva alegre. Funciona da seguinte forma: coagir o congressso dos EUA a libertar os tais 60 biliões; coagir as opiniões públicas europeias a re-acreditar no mito de que Putin é um ogre, um demónio digno de hollywood e que, portanto, viva a desgraça das nossas economias porque é tudo para vencer satanás; e, finalmente, desviar as atenções para a catástrofe militar em curso na Ucrânia. Tudo isto é feito para consumo interno, para manter os povos europeus na linha. Curiosamente (ou não), efetuando-se um percurso pela outra imprensa internacional, América do Sul, África e Ásia, todos se marimbam para este "caso". Pessoalmente, penso que possa ter ocorrido um de dois fenómenos: morreu de causas naturais ou foi assassinado por alguma agência de 3 letras (sim, ele recebia visitas na cadeia). Qualquer outra opção é totalmente inverosímel. Bom dia e o Albino que acorde.

R. disse...

Diz bem, Lúcio, como sopa no mel. No caso da sua duvidosa inocência, é claro.