Não tenho tido tempo para falar da Ucrânia. Como disse antes, era só os democratas voltarem ao poder nos EUA que o complexo militar-industrial começava a carburar.
Se alguém, que não seja muito estúpido, puder explicar qual o interesse da Rússia numa guerra na Ucrânia, avance.
Entretanto, o despudor dos americanos e dos fantoches sem vergonha na cara, como essa marioneta da Nato chamada Stoltenberg, balbucia e bolsa. No Báltico, não sei se aterrorizados pela traumática experiência soviética, de duas uma: ou têm tanto medo que promovem uma escalada bélica, ou estão também ao serviço da administração americana.
Ouvi um "especialista" em assuntos internacionais, por acidente, pois acho que o tipo é uma fraude, Uma das coisas que disse foi haver um padrão na actuação russa, e mencionou o caso da Geórgia invadida, quando se sabe que foi a Geórgia, cujo presidente de então trabalhava para os americanos, que invadiu a Ossétia do Norte, estando Putin a assistir à abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, e que de imediato regressou a Moscovo. Um dos muitos prostitutos que andam aí no comentário internacional.
A história da Ucrânia é mais que sabida, assim como da Crimeia. Sabida por meia dúzia, claro. E por isso intoxica-se a opinião pública, fala-se de guerra, como se tal fosse possível. A não ser que os americanos e os seus agentes estejam a pensar que há europeus em número suficiente para morrer pelos interesses americanos. Não sei o que vale o novo chanceler alemão. Macron, muito a prazo e periclitante, topa-os bem. A Inglaterra está sempre pronta para o trabalho sujo dos americanos, ainda mais com este aldrabão inimputável que está no n,º 10. Por cá, sabendo-se que temos sempre de mostrar boa cara aos nossos vizinhos atlânticos, podíamos ser um pouco menos coninhas e subservientes, como temos sido. Ouvir o ministro dos Negócios Estrangeiros Santos Silva é confrangedor.
O Cazaquistão é outra história semicontada, ou seja: o evidente descontentamento popular com o governo local foi muito bem aproveitado. Até fazia lembrar a Ucrânia.
Por falar em coninhas, lembro-me quando outro ministro foi obrigado, em nome do governo português, a reconhecer o Kosovo. Recentemente, a farsa de Guaidó na Venezuela, em que a existência de uma larga comunidade portuguesa exigiria a (pelo menos aparente) estrita neutralidade. Emfim, não há vergonha.
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