Parece que a palavra Natal é para desaparecer, sendo substituída por "festividades". E o que festejam as festividades? O Pai Natal? Também. E o nascimento de Cristo, igualmente, figura e acontecimento basilar da nossa civilização, sejamos crentes ou ateus. Aliás, a personagem histórica de Jesus Cristo foi sempre um ícone revolucionário para a esquerda, algo que estas caricaturas esquecem, se é que alguma vez pensaram nisso.
Mais valia que esta comissária maltesa, de cujo nome me esqueci, oriunda do Partido Trabalhista (que deve estar minado, como o PS daqui), e que parece não ter mais nada importante para fazer, se empenhasse em realçar outros aspectos culturais, inclusivamente festivos, de comunidades diversas presentes na Europa (isso sim, seria a verdadeira inclusão), em vez de procurar apagar, fazer desaparecer. Que estúpida, que estúpida.
O que esta bicharada não percebe é que a questão não está em suprimir ou apagar. Podiam aprender com os Estados Unidos, que com os seus muitos defeitos, é um exemplo para a relativização da questão religiosa, remetendo-a ao seu devido lugar, o da consciência individual. O Stálin também quis apagar a Igreja, transformando templo em garagens. Após setenta anos de comunismo totalitário, ela é hoje poderosíssima na Rússia. Pensam estes pobres que mudando nomes fazem desaparecer a coisa.
Fachos de esquerda, feliz expressão que li não sei onde, a propósito de um assunto do mesmo género. São os mesmos pidescos que querem reescrever os livros do Mark Twain e do Monteiro Lobato, que mandam retirar quadros dos museus porque exibem mulheres nuas, que queimam livros do Tintin Fachos de esquerda, que alimentam os fachos originais, mas mais perigosos, porque parecem ser dos nossos. Mas não são.