Continuar: «O espectáculo que oferecia a caverna de Covadonga na noite imediata àquela que se despediu com os sucessos das margens do Sália era mui semelhante ao dessa outra noite em que Pelágio recebera a nova do cativeiro de Hermengarda; -- espectáculo semelhante, mas personagens, em parte diversas.» Capítulko XVII, «A aurora da redenção», pp. 241-245 da minha edição.
Capítulo que se organiza em torno da táctica de enfrentamento das forças muçulmanas e aliados visigodos. Recordemos que a invasão de 711 ocorre no âmbito de uma guerra civil no reino visigótico, com os árabes e berberes chamados por uma das partes. Covadonga está situada nos Picos da Europa, lugar azado para emboscadas, como, séculos antes, os Montes Hermínios, a Serra da Estrela, os lusitanos iam massacrando os romanos. (Herculano faz reaparecer Gustislo, semi-selvagem e mais lusitanos -- «Os quase selvagens filhos do Munda, vestidos de peles de alimárias [...]», que se preparam para a espera na companhia dos cântabros, que também custaram a Roma um preço elevado).
Enquanto a febril Hermengarda repousa sob o efeito dos curativos do monge Baquiário, junto dos quais Eurico permanece, docemente intimado pelo irmão daquela, Pelágio, que organiza, mais do que a resistência, a cilada no âmago daquelas montanhas, enftrenta protesto dos seus guerreiros, nomeadamente Sanción, pela falta de nobreza no enfrntamento do inimigo, numa galhardia guerreira talvez extemporânea.
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