quarta-feira, dezembro 06, 2017

"Como és belo, meu Portugal"*

Não se admirem, por favor; quanto aos Painéis, quando Joaquim de Vasconcelos, na companhia de Ramalho Ortigão, deu com a obra de Nuno Gonçalves, em S. Vicente de Fora (que haviam já sido assinalados pelo monsenhor Elviro dos Santos), aqueles foram salvos de servirem como tábuas para andaimes, ou coisa que o valha. O Forte de Santo António, nem é tanto por lá ter caído o velho Botas, mas a memória da Restauração e da independência nacional que representa a quase totalidade das fortificações marítimas, mandadas erigir por D. João IV, para prevenir uma invasão espanhola, semelhante à do Duque de Alba, em 1580 -- função simétrica, aliás, às dos castelos da raia.
Coisas que não interessam nada a quase ninguém. É o tal défice de que falava Costa.



(* Luís Cília)

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