Abencerragem: Polícia Marítima

domingo, outubro 02, 2016

Polícia Marítima

2 comentários:

Jaime Santos disse...: É mesmo para isso que servem as Forças Armadas. Agora gostava de ver a cara dos idiotas que defendem que deveríamos enviar vasos de guerra contra os refugiados em vez de barcos para os ajudar. Se há missões que enobrecem as quinas, são justamente estas (e perdoe-me o meu assomo de patriotismo saloio, porque o orgulho é meu, mas a coragem é bem destes homens e mulheres ;-) )...; 10:48 da tarde
R. disse...: Caro Jaime,
creio que eles enobrecem a espécie -- como tantos outros que não passam pelo crivo mediático. Que fiquemos contentes que eles o tenham feito sob a bandeira portuguesa, não vem daí nenhum mal ao nosso cosmopolitismo...)
Um abraço; 1:13 da manhã

A Guerra da Ucrânia, entre a Rússia e os Estados Unidos

1. Os humoristas de serviço pretendem que é uma luta de valores entre o mundo liberal e o iliberal. Humor negro, porque o único valor que o financismo e o complexo militar-industrial conhecem é o do "deus-dólar" (Eça de Queirós). Dirigidos por estes, os Estados Unidos procuraram neutralizar a Rússia, seu único rival militar, minando-a por dentro e desestabilizando as repúblicas vizinhas que ainda não estavam integradas na Nato: Geórgia, Cazaquistão, Ucrânia. Os bidens e os johnsons não passam de marionetas ao seu serviço. Tudo estava a ser preparado com a Clinton; o Trump, bilionário autossuficiente, foi um parênteses. 2. A Rússia sempre se dividiu historicamente entre o eslavismo antiocidental (Dostoievski, Soljenitsine) e a abertura ao Ocidente. A boa-fé e o ímpeto ocidentalizante foi torpedeado pela própria avidez dolarística. Diz-se que Putin, até aí defensor de uma cooperação, mudou de opinião quando assistiu à barbárie do Iraque e da invenção do pretexto da existência de armas de destruição maciça pelo selvagem do Saddam Hussein, tentando a administração americana, debalde, enganar o Mundo, mas enganando boa parte dos próprios concidadãos. Ou seja, Putin percebeu que a cúpula política norte-americana estava nas mãos de patifes notórios em quem não se podia confiar. A Rússia violou o Direito Internacional? Sim, claro, fazendo uma guerra preventiva. 3. Por razões que me escapam, a cúpula política ucraniana, foi ou quis-se enredada nesta estratégia suicidária, sacrificando o povo aos interesses geo-financeiros dos EUA. As zonas de influência sempre existiram e continuarão a existir; faz parte do poder dos impérios. A União Europeia transformou-se numa vassala dos americanos e uma extensão política da Nato, um péssimo serviço ao projecto europeu.

M. Teixeira-Gomes (1860-1941)