Abencerragem: eu sei sempre de que lado estou

quarta-feira, abril 13, 2016

eu sei sempre de que lado estou

Lula e Chico Buarque, e ainda Leonardo Boff, Gregório Duvivier, Ziraldo, Beth Carvalho, Alceu Valença e outros, com cravos vermelhos, a fazer lembrar o 25 de Abril.

http://www.portalodia.com/noticias/politica/com-chico-buarque,-lula-diz-que-derrota-em-votacao-nao-quer-dizer-nada-265637.html

3 comentários:

Jaime Santos disse...: Não esquecer que o 'Fado Tropical' do Chico era dedicado ao 25 de Abril, que é pelos vistos aquilo que o Brasil ainda precisa, deixando claro está de lado o 'Império Colonial', linha que se desculpa pelo lirismo e ironia (lusitanos, claro está) do Chico ;-) ...; 12:50 da tarde
Ricardo António Alves disse...: Não era o "Fado Tropical", mas sim o "Tanto Mar". Naquele, a letra é do Ruy Guerra, moçambicano, e é uma letra crítica do colonialismo português.; 8:58 da tarde
Jaime Santos disse...: Tem razão, eu pensava que o Fado Tropical era de 1974, porque se de facto a canção é crítica do colonialismo português, eu acho-a maravilhosamente doce e plena de saudade. Pensava que a referência ao 'imenso Portugal' era uma referência velada ao facto de que Portugal deixara de ser uma ditadura e o Brasil ainda o era,,, Mas a canção é anterior à nossa revolução. É o 'Tanto Mar' que é dedicado a ela.; 10:01 da tarde

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A Guerra da Ucrânia, entre a Rússia e os Estados Unidos

1. Os humoristas de serviço pretendem que é uma luta de valores entre o mundo liberal e o iliberal. Humor negro, porque o único valor que o financismo e o complexo militar-industrial conhecem é o do "deus-dólar" (Eça de Queirós). Dirigidos por estes, os Estados Unidos procuraram neutralizar a Rússia, seu único rival militar, minando-a por dentro e desestabilizando as repúblicas vizinhas que ainda não estavam integradas na Nato: Geórgia, Cazaquistão, Ucrânia. Os bidens e os johnsons não passam de marionetas ao seu serviço. Tudo estava a ser preparado com a Clinton; o Trump, bilionário autossuficiente, foi um parênteses. 2. A Rússia sempre se dividiu historicamente entre o eslavismo antiocidental (Dostoievski, Soljenitsine) e a abertura ao Ocidente. A boa-fé e o ímpeto ocidentalizante foi torpedeado pela própria avidez dolarística. Diz-se que Putin, até aí defensor de uma cooperação, mudou de opinião quando assistiu à barbárie do Iraque e da invenção do pretexto da existência de armas de destruição maciça pelo selvagem do Saddam Hussein, tentando a administração americana, debalde, enganar o Mundo, mas enganando boa parte dos próprios concidadãos. Ou seja, Putin percebeu que a cúpula política norte-americana estava nas mãos de patifes notórios em quem não se podia confiar. A Rússia violou o Direito Internacional? Sim, claro, fazendo uma guerra preventiva. 3. Por razões que me escapam, a cúpula política ucraniana, foi ou quis-se enredada nesta estratégia suicidária, sacrificando o povo aos interesses geo-financeiros dos EUA. As zonas de influência sempre existiram e continuarão a existir; faz parte do poder dos impérios. A União Europeia transformou-se numa vassala dos americanos e uma extensão política da Nato, um péssimo serviço ao projecto europeu.

M. Teixeira-Gomes (1860-1941)