«Em três gerações aparecia um esbanjador ou um curioso de emoções fortes. Trazia para casa uma mulher pouco recomendável ou, no mínimo, pobre como um rato e que não sabia fazer nada senão empaturrar-se de doce e pintar as unhas. Seria sempre uma pária nessa família que se podia dizer de acolhimento e que não lhe confiava os segredos, as chaves dos armários e uma espécie de calão que levava cem anos a fixar-se e pouco menos a aprender.»
Agustina Bessa Luís, Antes do Degelo (2004)Antes do degelo
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