Um tratado sobre as incidências do lapso, do esquecimento, da ilusão da memória -- daquilo a que o senso comum assimilou no último século como acto falhado, nas pessoas cujo comportamento é considerado normativo, e nos quais Freud identifica variadíssimas razões para a intervenção do subconsciente nessas armadilhas quotidianas.
Houve dois aspectos que me impressionaram enquanto leitor leigo: primeiro, a coragem do autor em dar-se a si próprio como exemplo, em numerosas ocasiões; e as múltiplas vezes em que esses exemplos foram recolhidos na Literatura, evidenciando que, antes da psicanálise, os escritores (os poetas, na expressão de Freud) já haviam intuído que por detrás de acções e comportamentos aparentemente anódinos ou acidentais com desfechos dramáticos, poderia haver uma intenção inconsciente.
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