A magra vitória do PS, as derrotas do PSOE e do Labour, a hecatombe do PSF, o desaparecimento do Pasok (atrás dos neo-nazis), não pode deixar de inquietar todos os democratas e liberais (no sentido histórico do termo). Se eu fosse optimista, veria nisto a oportunidade óptima para a social-democracia europeia se repensar, voltando a ser uma força comprometida com os interesses dos povos, deixando de ser (no melhor dos casos) gestores do capitalismo selvagem, que é o grande inimigo presente das democracias; ou, meros empregados dos interesses financeiros, colonizados pela mediocridade aparelhística.
Não se pretende que os socialistas adoptassem um discurso de língua de pau à PCP -- desacreditado pela História, quando não o fosse já pela própria ideologia messiânica --; nem se tornasse numa salada ideológica como o Bloco, uma espécie de PSD da esquerda; apenas que fosse consequente com a designação que ostenta e estivessem à altura dos seus maiores.
Como sou pessimista, não creio que isso vá acontecer, a não ser pela força das circunstâncias. O que estas podem vir a ser, será algo a que assistiremos nos próximos anos; e em muitos casos pouco bonito de se ver.
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