sábado, abril 02, 2011

Antologia Improvável #467 - Fernão da Silveira

DO COUDEL MOOR A HUA MOÇA Q LHE PEDYO HUS ÇOCOS & Q FOSSE BOM PAR DE LAUOR.

     Por ferdes milhor seruida,
poys a perna tendes groffa,
mãdayme vos a medyda,
eu farey todo o que poffa.

     E logo começareys
a medyr polo artelho,
& defy polo joelho,
& na coxa acabareys.
E tambem quantee cõprida,
& o pee quanto ter poffa
me amoftres a medyda
da perna galante voffa.

in Cancioneiro Geral
(Garcia de Resende)

2 comentários:

Manuel Nunes disse...

Umas pernas são sempre umas pernas; e de coxas nem é bom falar... Estes poetas do Cancioneiro estavam muito avançados.

Ricardo António Alves disse...

Se estavam, meu caro!
E elas também tinham o que se lhes dissesse...