«Depois iria até ao jardim, sentar-me no banco do costume. Por volta do meio dia era natural que passasse a estupenda morena dos olhos envolventes... Ah, aqueles olhos não fitavam: absorviam! E que maravilha de curvas, desde o artelho até ao colo! Hoje havia de segui-la para saber quem era. Estudante, não pertencia decerto à classe dos impostores, que tanto se orgulham da sua ignorância como da sua estirpe. E no entanto, que "linha" no gesto e no andar! Nobreza natural: a verdadeira, a única!»
Francisco Costa, Cárcere Invisível (1949)
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