Wakolda, de Lucía Puenzo (Argentina , França, Espanha, Noruega, 2013). «15 anos, 15 filmes -- Mostra de cinema iberoamericano».
Pelo que vi, Lucía Puenzo é uma realizadora de mão cheia (e é filha de peixe, como a sua contemporânea Sofia Coppola). A história (Lucía P. também assina o argumento) é esplêndida. Uma família feliz (ele é um artesão dedicado a manufacturar bonecas...) em trânsito para o fim do mundo patagónico, aonde ela tomará posse da herança da mãe, um fantástico albergue nos arredores duma cidadezinha dos confins, cruza-se, por maldade do acaso, num apeadeiro do deserto, com um alemão que (eles saberão depois; nós um pouco antes) não é mais nem menos que o foragido e tenebroso Josef Mengele, o anjo da morte nazi. Puenzo, ainda jovem, além de argumentista madura é uma realizadora seguríssima. Planos que tiram o melhor partido de cenários incríveis, magnificados por uma fotografia soberba. Um filme do caraças.
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