Uma bela ideia, um bom exercício de resgate da memória, com duas objecções. Uma, de carácter formal, para lamentar que no final de cada depoimento, ou do documentário, não tenhamos visto as faces dos depoentes na actualidade. Teria sido interessante. E isso tanto mais se sente no caso dos dois guerrilheiros africanos, cujas fichas prisionais se extraviaram, história ainda por contar. A outra, mais substancial, reside na omissão do estatuto desses presos, todos militantes ou activistas do PCP -- o que não teria mal nenhum se o espectador fosse disso informado. É que nesses 48 anos foram presos e/ou torturados, além dos comunistas, anarquistas, republicanos, padres católicos, activistas estudantis e até dissidentes do regime. Lamento por isso esta parcialidade, que não sei se foi intencional, ou não.
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