domingo, setembro 13, 2009

da campanha - o grupo dos cinco

José Sócrates -- É um pragmático. Ganhou todos os debates. Menos bem contra Jerónimo, saiu-se melhor com Portas e em especial com Louçã. Foi arrasador com Manuela Ferreira Leite. Não me lembro de rir tanto e tão continuadamente num frente-a-frente. Ao contrário do que sucedeu há quatro anos, agora voto nele, até por exclusão de partes.
Manuela Ferreira Leite -- É uma nulidade política. Naufragou neste ciclo de debates. Veste um fato que não é o dela.
Jerónimo de Sousa -- É genuíno, na sua condição de dirigente comunista de extracção operária e na ortodoxia. Do ponto de vista pessoal, é com quem mais simpatizo.
Francisco Louçã -- A perspectiva do Poder centrou-lhe a retórica. Continua, apesar de tudo, com aquelas entoações de quem é detentor da verdade revelada. Há boa maneira marxista-leninista-trotskista, trata o adversário com acinte. Ficarei espantado se as sondagens de hoje reflectirem o score eleitoral do BE.
Paulo Portas -- O dirigente mais culto em funções. Gosta de Churchill, Corto Maltese e das pernas de Sharon Stone. Quer pagar às pessoas do rendimento mínimo em géneros. Não chega.

7 comentários:

Lina Arroja (GJ) disse...

No rir estamos de acordo. Há quatro anos, nunca pensei que Sócrates conseguisse fazer o brilharete do marketing político. Não estou certa que seja a melhor solução para o País, mas que a oposição fica a léguas de distância é um facto. Durante o mandato provocou anti-corpos em muita gente, mas tenho de admitir que tomou medidas importantes e que aprendeu bem a lição dos dossiers.
Manuela Ferreira Leite é a única a quem o fato servia, mas que encolheu na lavadaria. Parece que está metida num colete de forças e os sapatos apertados dão-lhe aquele ar de sofrimento. Não convence e segundo as palavras da própria está cansada de explicar e ninguém a ouve.
Louçã está sempre a dar aulas de sabedoria, estou de acordo. Jerónimo de Sousa pertence a um tempo que já lá vai, mas é genuíno no discurso.
Paulo Portas é uma interrogação porque nunca se sabe o que vem a seguir. Mantém o eleitorado fiel à sua volta, tem alguns assessores e fez anos ontem.

Ricardo António Alves disse...

GJ: fartei-me de rir com a inépcia da Senhora. Mas o problema não é dela, está mesmo no inefável psd: antes de Ferreira Leite? Luís Felipe Meneses (acredita-se?); antes deste? Marques Mendes (compreende-se?); e deste? Santana Lopes... É demasiado mau.
Não sou propriamente um entusiasta do Sócrates. Acho-o um dissimulado, mas admiro-lhe a pertinácia. Há 4 anos fiz o meu voto de protesto; agora não.

Lina Arroja (GJ) disse...

Pois é, RAA. Recuamos, recuamos e esbarramos com Cavaco. E voltamos a recuar e encontramos Sá-Carneiro.
O PSD e os seus do costume, venha a lápide.

Manuel Nunes disse...

A dificuldade da Dra. Manuela foi ter que mostrar o que Sócrates não fez, quando a este lhe bastava dizer o que tinha feito. E alguma coisa fez em quatro anos e tal. O aumento do salário mínimo e os genéricos gratuitos para os reformados pobres são dois exemplos de uma política social a que podem chamar eleitoralista mas que não deixa de ser política social.
Ouvi ontem um comentário do Carlos Magno na Antena 1 sobre o rótulo de mentiroso que tem sido posto ao 1º ministro(até lhe têm pintado, em cartazes, o nariz do Pinóquio). Pois ontem viu-se que há mais mentirosos cá na terra, e tudo provado com despachos, decretos, declarações públicas onde se desdiz hoje, sem o admitir, aquilo que tranquilamente se havia dito ontem. Não votei no Sócrates, não irei votar nele, mas se a Dra.Manuela for para governante deste país acho que a coisa não vai ficar melhor. Para mais com aquele que está em Belém.
MN

A disse...

Dos livros dos cinco, o meu favorito sempre foi "Os Cinco na Floresta" e a minha personagem predilecta é o Tim.

Ricardo António Alves disse...

Caro Manuel. Eu decidira não votar em Sócrates até à emergência do "Caso Freeport". Mudei, porque não estou para contribuir para a entrega do país ao gangsterismo.
Abraço.

Ah ah ah! Pois eu, cara Austeriana, melómano modesto, tinha em mente um velho Grupo dos Cinco do século XIX, composto por compositores russos, que pretendiam exaltar as raízes musicais da Grande Mãe Rússia: Balakirev, Borodin, Cui, Mussorgski e Rimski-Korsakov. (Borodin já apereceu nas "músicas grandes") :|

A disse...

:)))