SONETO DO OUTONO
A CORREIA DA COSTA
Enquanto o Outono lacrimoso tece
Seus claros véus de chuvas e de bruma,
E o prado de esmeralda empalidece,
E as folhas de âmbar tombam uma a uma...
Enquanto o vento, em cânticos de prece,
Com afagos de seda me perfuma,
E a tarde exangue, em êxtase, esmorece
Num céu morno de etéria sumaúma...
É que me sinto amar com mais ardor
Tua beleza de ave, estrela e flor,
-- Beijo que rezo e sonho que murmuro...
E num deslumbramento prodigioso,
Noivo, comungo, em plenitude e gozo,
Teu destino de sombra, que procuro.
Antifonário Pagão
uma homenagem em 1964
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Através de Manuel Pinto, autor de "Alcança quem não cansa», um blogue
dedicado ao grande Aquilino Ribeiro, chega-me esta imagem da homenagem a
Ferreira d...
Há 15 horas
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