O ACENDEDOR DE LAMPIÕES
Lá vem o acendedor de lampiões da rua!
Este mesmo que vem imperturbavelmente
parodiar o Sol e associar-se à Lua
quando a sombra da noite enegrece o poente.
Um, dois, três lampiões e continua
outros mais a acender interminavelmente
à media que a noite aos poucos se acentua
e a palidez da lua apenas se pressente.
Triste ironia atroz que o senso humano irrita:
ele que doura a noite e ilumina a cidade
talvez não tenha luz na choupana em que habita.
Tanta gente também nos outros insinua:
crenças, religião, amor, felicidade,
como esse acendedor de lampiões da rua!
Novos Poemas
Ferreira de Castro n'A IDEIA
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O último número de *A Ideia -- Revista de Cultura Libertária* 104/105/106,
saído no final de 2024, sob a direcção (por imposição legal) e edição de
Antón...
Há 1 hora
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