CAFÉ DE PENUMBRA
Escasso como a praceta defronte,
como a ilha, como o céu estrangulado
pelo aperto dispneico das vielas.
Café de penumbra e pouca gente
antiga e parecida ao tédio da manhã.
Três funcionários públicos (guarda-
-fiscal um) e dois empregados
comerciais debitando sentenças
em surdina. Um pracista
à míngua de clientes e o lazer
de um poeta de passagem.
Na mesa dos fundos, sob o claro
quadrilátero da janela -- e para nossa
edificação -- um arabista paulatino
traduz do francês um texto urdu.
A Ilha de Próspero / Obra Poética
uma entrevista a Assis Esperança, por Igrejas Caeiro
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A primeira vez que oiço a sua voz. Está mal datada: não pode ser de 1954,
pois há referência a *Trinta Dinheiros *(1958) e alusões ao futuro romance,
ain...
Há 3 horas
3 comentários:
gosto destes ambientes escuros de café, lembra-me um bocado o "meu" café de todos os dias cá em coimbra
Ah, sim? E qual é? Eu sou de Coimbra mas confesso que vou lá muito menos vezes do que gostaria. Nos meus tempos de «república» parava pelo Tropical.
o tropical tb é bom, eu vou lá imensas vezes, mas durante a tarde adoro o santa cruz
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