Foi já num tempo doce cousa amar,
Enquanto me enganava a esperança;
O coração, com esta confiança,
Todo se desfazia em desejar.
Oh! vão, caduco e débil esperar!
Como se desengana uma mudança!
Que, tanto é mor a bem-aventurança,
Tanto menos se crê que há-de durar.
Quem já se viu contente e prosperado,
Vendo-se em breve tempo em pena tanta,
Razão tem de viver bem magoado;
Porém, quem tem o mundo experimentado,
Não o magoa a pena nem o espanta,
Que mal se estranhará o costumado.
Sonetos
(edição de Maria de Lurdes Saraiva)
1904
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*Guerra Junqueiro*, *Oração à Luz*. *Abel Botelho*, *Os Lázaros*. *Sampaio
Bruno,* *O Encoberto*.* Jaime de Magalhães Lima*, *Reino da Saudade*.*
Wencesl...
Há 23 minutos
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