sexta-feira, janeiro 06, 2017

oh, democracia...

Se o Eça de Queirós tinha razão quando defendeu -- em carta ao seu amigo Oliveira Martins, de apetências cesaristas -- que "a democracia a du bon"; e se não foi ainda desmentida a razoabilidade da conhecida asserção do Churchill, a verdade é que ela está pouco defendida dos demagogos e, dentre estes, os extremistas (Hitler, FIS, Irmandade Muçulmana).

Aparece agora uma nova categoria: a dos patetas que falam em nome do Crucificado de há dois mil anos, que era deus e simultaneamente seu filho, nascido duma mãe fecundada pelo Espírito Santo, que afinal era o pai, mas também era o filho -- trapalhada fascinante que tem ocupado os melhores espíritos, cuja luz, porém, atinge em cheio a mioleira desguarnecida de criaturas como o prefeito de Guanambi. Este, já não se contenta em falar em nome de deus, como alguns colegas do Congresso brasileiro, no triste caso da impugnação de Dilma Rousseff, transmitida urbi et orbi; mas afirma-se deus ele próprio. Um deus cujo diagnóstico poderá ser: 1) um espertalhão; 2) um maluquinho que devia estar internado. Em qualquer dos casos, um indivíduo sem qualidades para o lugar, eleito democraticamente. 

Oh, democracia, a que provas nos sujeitas!...










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