Esta perversão sexual que os serviços secreto russos terão arranjado ao Trump, segundo os seviços secretos americanos, não pagava para vê-la. Não por ser puritano, oh, não! Como diz o fado, perversões quem as não tem?; nem por a chuva dourada não fazer parte do rol das que me entusiasmam francamente, mas simplesmente porque me cheira -- aliás toda esta historieta dos hackers russos, pobres EUA, nas mãos de Putin... -- (cheira-me) que deve ter uma base semelhante à das armas de destruição maciça, que o Saddam tinha, como todos vimos.
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6 comentários:
Esquecem-se sempre que há pessoas que pensam!(podem énão ter poder!)
Como dizia acertadamente um comentador, num canal de notícias, estamos a assistir a uma disputa, feroz e feia, pelo poder, entre várias instituições dentro dos EUA.
Exatamente, e também a pequenas vinganças pessoais, muito provavelmente. Este relatório, que não li nem quero ler, foi resumido no Guardian, e com franqueza, aquilo parece ser 'bullshit' puro (veja https://www.theguardian.com/us-news/2017/jan/11/trump-russia-dossier-explainer-details). Por isso, custa a crer que ele tenha sido referido pelos serviços secretos dos EUA em relatórios enviados a Obama e Trump e mais, que tenha sido originalmente enviado ao diretor do FBI pelo senador McCain (https://www.theguardian.com/us-news/2017/jan/11/trump-russia-report-opposition-research-john-mccain). A não ser que, claro, seja uma paga pelos insultos de Trump durante a campanha (enquanto Trump se divertia no Hilton, McCain dava com os costados no infame 'Hanoi Hilton', nos idos do Vietname). E claro, no momento em que tal 'peça' passou a fazer parte da atenção das agências oficiais, passou igualmente a ser notícia, e a CNN fez bem em referir a sua existência (mas o Buzzfeed fez uma canalhice ao publicá-lo). Cá se fazem, cá se pagam. Quem se deve estar a rir muito é Putin, a quem Trump só interessa se servir os interesses da Rússia. E se um Presidente fraco for sinónimo de uns EUA fracos, 'so be it', a Rússia é que ganha com isso. E sabe para quem vai sobrar? Para a Europa, pois claro...
É curioso, tenho respeito pelo McCain, embora ele seja um falcão. Não tenho nenhum pelo Trump, mas, como sabe, prefiro uma entente entre ambos. Claro que a China é um dos protagonistas que vai baralhar tudo isto. Aliás, até agora -- e nem podia ser de outra maneira, uma vez que ele não tomou posse -- toda a minha percepção se mantém, com o 'pequeno' senão de tratar-se duma personagem duvidosa, para dizer o mínimo, o que já todos sabíamos.
Sim, eu também tenho respeito pelo Mccain, e admito que ele não teria entregue o relatório se não tivesse sido coordenado por alguém cujas credenciais são reconhecidas no meio da Intelligence (um antigo agente britânico). Mas convém lembrar que isto se trata do mais vil que existe, 'digging dirt' puro. Como sabe, eu acho Trump um indivíduo absolutamente detestável e não posso deixar de pensar que há alguma justiça poética em ele provar o seu próprio veneno da calúnia, mas isso nada adianta relativamente à credibilidade do documento que parece próxima de zero. E depois, mesmo Trump não deve ser tratado pela sua bitola, como disse o editor da MJ, David Corn. Agora, no que diz em relação a uma detente entre os EUA e a Rússia para baixar as tensões na Europa de Leste e combater o Daesh, ela será bem vinda se não representar o abandono dos Estados Bálticos, mas só poderá funcionar se os dois parceiros estiverem a falar de igual para igual. Os EUA são demasiado importantes, goste-se ou não de Trump, para que uma prolongada crise política interna, com o seu Presidente profundamente enfraquecido, não tenha reflexos na Paz Mundial. E esse é que é o ponto.
Em relação ao Báltico, o único perigo, parece-me, é haver problemas com a minoria russa. Num deles, não me lembro qual, os russos representam, parece-me 40% da população. De resto, francamente, não me parece haver nada mais do que fantasmas, certamente algo justificados por 60 anos de ocupação. Mas isso não depende só da Rússia; diria até que responsabiliza mais os próprios governos bálticos. De qualquer modo, não estou por dentro da situação interna de cada um, não sei se há tensões, mas isso resolve-se, como em muitos outros países do globo. Isto numa perspectiva optimista, que julgo para já ser a mais realista.
Quanto ao Trump, estamos no aliciante terreno da especulação. O espectáculo está quase a começar.
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