O maravilhoso dos gestos quotidianos, sempre mais significantes so que deixa entrever um olhar apressado. Um singular olhar de fora para dentro.
Pedro Alvim, A Esfera dos Dias, Lisboa, Caminho, 1985.
Primeiro poema:
Dia 1
Hoje não há leite.
O alumínio
não foi
à flor do lume.
Que silêncio
quadrado
na cozinha!
Lá fora
-- um frio só
de rua fria.
Que risco
tão um
o número
deste dia!
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