António Sampaio da Nóvoa, português antigo, tem tudo para ser uma grande Presidente da República: um percurso cívico que fala por si, incluindo de intervenção na pólis (política que vai muito para além de currículo partidário), uma qualificação académica impressionante -- superior a qualquer outro candidato -- e uma densidade cultural fundamental para a função a que se propõe -- densidade essa que a mercearia política da selva do comentário procurou ridicularizar, sem se aperceber de que o ridículo caía em cima deles, merceeiros.
Marcelo Rebelo de Sousa é uma personalidade interessantíssima, prismática. Mas é também pouco sério, politicamente, como se via no seu espaço de comentário dominical. Candidato do PSD, seria uma incógnita como PR, mas perigosamente imprevisível.
Maria de Belém Roseira: pessoalmente, não tenho nada contra; politicamente, tem a mancha de ser uma arma de arremesso de facção partidária, minoritária no PS. Serve para tentar entalar o secretário-geral.
Edgar Silva: grande respeito pela sua actividade enquanto padre junto dos mais carenciados. Politicamente, serve para o PCP marcar terreno.
Marisa Matias: qualidades políticas óbvias, mas candidatura semelhante à do PCP, serve pata o Bloco marcar posição e não querer ir atrás do Livre, primeiro partido apoiante de Nóvoa.
Henrique Neto: respeitável, embora limitado.
Paulo de Morais: idem, mas monotemático. É muito pouco.
Tino de Rans: é o nosso Tiririca. Uma boa oportunidade para os cínicos votarem, em vez de desenharem os característicos arnaldos nos boletins de voto.
Cândido Ferreira: nunca ouvi falar.
Jorge Sequeira: idem.
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