Não é de admirar que quem torpedeou um governo nas vésperas da adesão à então CEE ameaçasse, em fim de mandato presidencial fazer o mesmo ao país, em nome da pequenez política que o caracteriza.
Há dez anos eu, pobre ingénuo -- sem que pusesse sequer hipótese de nele votar -- acreditava que dez anos como primeiro-ministro e outros dez de travessia do deserto lhe tivesse dado estofo de estadista. Foi sol de pouca dura, como se sabe. Portugal está há poucas semanas de ver-se livre dele; veremos em que estado deixará o país.
(nota: escusado será dizer que este post não tem que ver com a decisão formalmente inatacável de ter indigitado Passos Coelho para formar governo, mas com os avisos à navegação que entendeu fazer. Esperemos que, então sim, não tenhamos de recorrer às fórmulas patéticas da Traulitânia: golpe de estado, usurpação, e outros mimos.)
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