terça-feira, junho 08, 2010

caderninho

Como o nosso pensamento se ocupa tão pouco do que atinge outras pessoas! Por exemplo o destino de um grande cantor que ainda em verdes anos perde a voz é de uma crueldade inconcebível. Ele possuía o que o elevava acima de todos e ao mesmo tempo a todos o tornava agradável. Perde-o de um só golpe e o que resta é um invólucro vazio, que vai talvez deambular pela Terra ainda trinta ou quarenta anos. Hugo von Hofmannsthal
Livro dos Amigos (tradução de José A. Palma Caetano)

2 comentários:

Teresa Santos disse...

Ainda tens capacidade para te admirares com essas situações? Acredita que me espantas. É que esse é o comportamento da grande maioria. O outro? Que interessa, o outro?!

Ricardo António Alves disse...

O espanto, Teresa, é uma atitude filosofal.