[...] Não se diz «o nada»: substitui-se por «o além»; ou então por «Deus»; ou pela «vida verdadeira»; ou então pelo nirvana, pela salvação, pela bem-aventurança... Esta inocente retórica, que pertence ao domínio da idiossincrasia religiosa e moral, parecerá muito menos inocente quando se compreender qual a tendência que aqui se veste com um manto de palavras sublimes: a inimizade à vida.
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O Anticristo
(tradução de Tavares Fernandes)
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